quinta-feira, 4 de julho de 2013

Deputado Distrital e diretor da CNTV, Chico Vigilante recebe denúncia de venda de vaga de vigilante e aciona Polícia Civil

Falsas promessas de emprego podem levar à prisão um ex-funcionário da Secretaria de Trabalho do DF. Segundo denúncias, o homem cobrava até R$ 5 mil para beneficiar vigilantes e indicá-los para vagas em órgãos públicos. As pessoas pagavam metade do dinheiro como garantia, e o restante, quando o suposto acordo fosse celebrado. Os trabalhadores, porém, continuaram desempregados e denunciaram o estelionato à polícia. Francisco Erlando Rodrigues, que até semana passada trabalhava em um cargo comissionado,
foi exonerado. A pasta abriu processo administrativo para apurar a conduta dele e descobrir se há outras pessoas envolvidas.
A polícia também investiga o caso.
José William Souto da Silva, 28 anos, está entre as pessoas que procuraram a polícia. Ele afirma que pagou R$ 2,5 mil a Francisco Erlando, há menos de um mês.
“Ele disse que as propostas passavam por ele na Secretaria de Trabalho e ele conseguiria uma vaga para mim. Então, eu pagaria o restante. Ele daria a resposta na quarta-feira passada, mas, dois dias antes, já parou de atender as ligações”, conta.
“Pedi esse dinheiro emprestado e não consegui meu emprego. Não sei como vou fazer agora para pagar”, lamenta o vigilante.
Apesar de os noticiários denunciarem diversas modalidades de golpes contra pessoas desempregadas à procura de uma vaga no mercado de trabalho, muita gente ainda cai em muitas armadilhas, seja por boa fé ou desespero.
José William, juntamente com outras pessoas lesadas pelo suposto golpista, registrou ocorrência na 15ª DP da Ceilândia “Só aqui são 15 pessoas lesadas, mas ele enganou muito mais gente. Ele ganhou muito dinheiro com este golpe, pra mais de R$500 mil”, reclama José William. Ele explica que foi levado por um amigo até a casa do farsante, que morava em uma casa na Ceilândia Leste. Foi recebido pelo próprio Francisco, que o atendeu e garantiu a vaga de emprego. “Como era funcionário da Secretaria de Trabalho, eu acreditei,
comprei a vaga e paguei a primeira parcela”, lamenta William.
O deputado distrital e também diretor da CNTV, Chico Vigilante, falou com José William pelo telefone para saber os detalhes da denúncia. Depois de ouvir o relato do rapaz e o orientar, Chico ligou imediatamente para o diretor da Polícia Civil do DF, Jorge Luiz Xavier. “Isso é estelionato, falsidade ideológica e pode ter
muito mais gente envolvida no esquema.
Pode ser a ação de uma quadrilha. É caso de cadeia”, disse o deputado.
“Eu tenho certeza que a Polícia Civil investigará devidamente e, se comprovado, o que parece claro, não medirá esforços para colocar esse vagabundo, bandido, na cadeia”, esbraveja o parlamentar. Chico também argumenta que casos como este devem servir de alerta para que outras pessoas não caiam nesse tipo de golpe. “Isso não existe. Empresa nenhuma contrata vigilante desta forma e se alguma o fizer deve ser denunciada na hora”, afirma.
Segundo informações da Assessoria de Comunicação da SETRAB, Francisco pediu exoneração na última quinta-feira (25). O ato foi publicado dois dias depois, coincidindo com as primeiras denúncias do suposto golpe. Ainda de acordo com informações da Ascom da SETRAB, foi feito um levantamento preliminar e, de fato, foi apontado que o servidor oferecia vagas de vigilante e também de serviços gerais.
Se for comprovada a fraude, o servidor vendia um falso serviço duas vezes já que a Secretaria de Trabalho não faz contrato na área de vigilância, apenas a Secretaria de Planejamento tem competência para
isso.
Um processo administrativo disciplinar foi aberto na Secretaria de Trabalho para que o servidor possa se defender caso tenha havido algum mal entendido.
Contudo, se comprovado o golpe, o que tudo indica, o ato de exoneração é desfeito e Francisco será exonerado. Desta forma, perderá os direitos políticos por oito anos.
Ou seja, não poderá tomar posse em concurso público nem se candidatar a cargo eletivo algum. O caso foi encaminhado pelo secretario de Trabalho, Bispo Renato Rodrigues, à Polícia Civil.
Fonte: Correio Braziliense e
Portal Chico Vigilante


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