conseguiram fugir. De 10 a 15 pessoas formavam a quadrilha. Cerca de R$ 14,5 milhões foram recuperados, segundo o relato de policiais que participaram da ocorrência.
entrada do túnel usado para invadir a Protege. Assaltantes vestiam roupas de neoprene (próprias para
mergulho) para caminhar cerca de 150 metros pela rede de esgoto e de águas pluviais.
Entre as galerias e a sala do cofre, havia outro túnel, de pelo menos 15 metros, feito pela quadrilha com escoras e iluminação. Como dentro do túnel a água ficava na altura do tórax dos assaltantes, a quadrilha envolveu o dinheiro em sacolas plásticas, que foram transportadas de volta para o ônibus dentro de dois botes infláveis. Isso evitaria que o contato com a água estragasse as notas.
Flagrados – Por volta da 1h30 de ontem, vigias da transportadora de valores notaram, por meio das câ-
meras de segurança, o movimento dos assaltantes dentro do prédio e avisaram a Polícia Militar. Uma
viatura do Comandos e Operações Especiais (COE) percebeu que um ônibus de turismo estacionado na
Rua Luís Seraphico Junior poderia estar a serviço do bando. Quando os PMs se aproximaram, o veículo
arrancou.
O motorista fugiu com tanta pressa que não percebeu que um dos seus comparsas, que havia acabado
de sair do bueiro, após andar pelo esgoto, ainda estava entrando no ônibus pelo fundo falso. Ricardo
Pereira dos Santos ficou preso na parte de baixo do veículo, foi arrastado por cerca de 30 metros e morreu atropelado.
Minutos depois, viaturas das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), também avisadas sobre o
roubo, passaram a perseguir o coletivo. A menos de um quilômetro do local do roubo, o motorista perdeu
o controle e bateu o veículo em um poste, derrubando o semáforo da esquina das avenidas João Carlos
da Silva Borges e Professor Alceu Maynard Araújo.
“Os assaltantes, entre 10 e 15, desceram do veículo atirando. Eles estavam com armamento pesado.
Tinham fuzil, metralhadora e pistolas”, afirmou um oficial da Rota que acompanhou a ocorrência. Na troca
de tiros, Marcos Oliveira Amaro e um comparsa não identificado foram baleados e morreram.
Marcelo Adelino de Moura continuou dentro do veículo, segundo os policiais, que passaram a negociar sua rendição. Durante a negociação, que levou pelo menos duas horas, ele atirou nos PMs, que não
revidaram. Os policiais da Rota jogaram uma bomba de gás lacrimogêneo dentro do veículo, entraram
no ônibus e prenderam o assaltante.
O dinheiro roubado estava dentro do veículo.
“Era muito tiro, muito mesmo. Nunca tinha visto uma coisa dessas”, disse uma costureira, de 71 anos. Segundo ela, policiais perguntaram se não havia ninguém escondido dentro de sua casa. “Pedi para os policiais entrarem. Me senti segura.” A Protege não foi encontrada para comentar o caso.
Fonte: Jornal da Tarde e G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário