Nos dias 07 e 08 deste mês os dirigentes da CNTV José Boaventura – Presidente e João Soares – Secretário Geral, estiveram em Bogotá, Colômbia, representando os vigilantes brasileiros no encontro anual de Sindicatos de Vigilantes da América Latina promovido pela UNI Global Union (UNI Sindicato Global). Além do Brasil o evento contou com a participação de Sindicatos do Uruguai, Paraguai, Colômbia, Panamá e Chile, que avaliou o cenário da segurança privada na América Latina, um pouco do papel dos profissionais na luta por democracia nos seus países, os meios de fortalecer a organização dos vigilantes em cada país e as campanhas empreendidas em cada local e em nível mundial, especialmente a campanha pela assinatura
de um acordo global com a espanhola Prosegur.
Os Acordos Globais já existentes no setor com as multinacionais Securitas, a G4S e a ISS foram avaliados positivamente. Um capítulo que mereceu especial atenção dos participantes foram as denúncias de práticas anti-sindicais das multinacionais Brinks e Prosegur em todos os países, com destaque especial para a situação do Paraguai e da Colômbia. No Paraguai a Prosegur impõe aos trabalhadores condições de trabalho indecentes e inseguras, com jornadas de trabalho de até 20 horas, falta de equipamentos e meios de segurança para execução dos serviços, especialmente na atividade de abastecimento de caixas eletrônicos, além do ataque a organização sindical dos empregados. A empresa se recusa em negociar com os trabalhadores e demitiu mais de 300 deles após a greve de 10 dias ocorrida no final de julho, tendo tal tema se transformado em mote para uma campanha mundial pela reintegração dos demitidos.
Já na Colômbia as práticas anti-sindicais passam pelo assédio e pagamento de bônus para que os trabalhadores se desliguem do Sindicato, além de outras ilegalidades que já resultaram até na prisão do seu gerente naquele país, após denúncia do Sintravalores, o Sindicato local que representa os vigilantes da Prosegur.
No Brasil, apesar de um nível de diálogo um pouco melhor, a Prosegur impõe aos trabalhadores condições
de trabalho igualmente danosas e atitudes anti-sindicais, como a demissão de dirigentes de sindicato no
Piauí, além de jornadas de 16 e até de 20 horas. A Brinks também foi denunciada por várias ilegalidades nos diversos países em que atua na América Latina.
Nos próximos dias a UNI e os Sindicatos estarão divulgando as campanhas e colocando em prática atos pela readmissão dos trabalhadores do Paraguai, denunciando as práticas anti-sindicais e a campanha pela assinatura do acordo global com Prosegur.
Fonte: http://www.vigilantecntv.org.br/
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