sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Com a frieza que lhe é peculiar, a Prosegur Brasil responde sobre as demissões do Paraguai


Trabalhadores fazem manifestações em vários países em solidariedade aos 300 trabalhadores demitidos.

Na última segunda feira, dia 11, a CNTV recebeu carta da presidência da Prosegur Brasil em resposta a nota de protesto e de pedido de explicações entregue pela nossa confederação no dia 20/08.
Na carta a empresa alega que garante os direitos trabalhistas no Paraguai, que suas ações foram levadas a cabo de acordo com as leis e com as autoridades locais e que as suas ações estão de acordo com as práticas e legislações nacionais.
A peça é sem dúvida, um razoável exemplo de frieza e contradição. Onde impor jornadas de até 20 horas,  deixar trabalhador morrer dentro da base por falta de assistência, negar-se a negociar convenção coletiva, demitir sumariamente 300 trabalhadores, incluindo dirigentes sindicais estáveis, expor empregados a
condições irresponsáveis de risco de vida é cumprir leis nacionais. Desconhecemos leis que respaldem essas práticas, principalmente algumas delas no Brasil.
Depois, mesmo que na remota hipótese de falta de leis em algum país que protejam os trabalhadores e lhes garantam alguns direito, regras internacionais, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, convenções da OIT – Organização Internacional do Trabalho ou até mesmo o Pacto Global que a empresa se diz subscritora, são suficientes para condenar a empresa por estas prática.


Pela readmissão imediata dos 300 vigilantes da Prosegur Paraguai; Negociação de Acordo Coletivo e condições de trabalho seguras e decentes.
CNTV – Brasil

Para refrescar a memória da Prosegur: Pacto Global-ONU

O Pacto Global das Nações Unidas, assinado pela Prosegur, “é uma iniciativa planejada para empresas
comprometidas em alinhar suas operações e estratégias com os dez princípios universalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. Assim, as corporações, que são os principais agentes da globalização, podem ajudar a garantir que organizações de mercado, comércio, tecnologia e finanças progridam de maneira a beneficiar as economias e sociedades em todos os lugares”.
Entre os dez princípios do Pacto Global, citamos dois que a Prosegur descumpre sistematicamente em vários países:
-As empresas devem apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação
coletiva;
-Eliminar a discriminação no emprego.
Ressalta-se que a Prosegur assinou o Pacto Global em alguns países e em outros não. No Brasil mesmo, a
Empresa não assinou e fica o questionamento: o que vale para alguns países não vale para outros?

Fonte: CNTV PS
http://www.vigilantecntv.org.br/boletim/2012/Setembro/informativo%20cntv%2013-09.pdf



Nenhum comentário:

Postar um comentário