Nova pesquisa nacional revela que 30 pessoas foram assassinadas em assaltos envolvendo bancos no
primeiro semestre de 2013, uma média de cinco vítimas fatais por mês, o que representa aumentos
de 11,1% em relação aos seis primeiros meses de 2012, quando foram registradas 27 mortes, e
de 30,4% em comparação a igual período de 2011, que teve 23 mortes. O levantamento foi feito
pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Confederação
Nacional dos Vigilantes (CNTV), com base em notícias da imprensa e apoio técnico do Dieese.
São Paulo (14), Rio de Janeiro (5), Bahia (3) e Rio Grande do Sul (3) foram os estados com o maior
número de casos. A principal ocorrência (60%) foi novamente o crime de “saidinha de banco”, que
provocou 18 mortes. Já os clientes foram outra vez a maioria das vítimas (21), seguido dos vigilantes
(4). Um gerente do Banco do Brasil foi morto no Piauí.
Para a Contraf-CUT e a CNTV, essas mortes comprovam, sobretudo, a escassez de investimentos dos bancos na melhoria da segurança. Segundo dados do Dieese, os seis maiores bancos (Itaú, BB, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC) obtiveram lucros de R$ 51,4 bilhões em 2012.
Já as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 3,1 bilhões no mesmo período, o que significa
6,1%, em média, na comparação com os lucros.
“São números preocupantes que apontam a negligência dos bancos na proteção da vida de trabalhadores e clientes, bem como mostram a fragilidade da segurança pública, pois faltam mais policiais e viaturas nas
ruas e ações de inteligência para evitar ações criminosas”, avalia o presidente da Contraf-CUT, Carlos
Cordeiro.
Essas mortes reforçam a necessidade de atualizar a lei federal nº 7.102/83, que está completando 30 anos e se encontra defasada diante do crescimento da violência e da criminalidade.
Há um projeto de estatuto de segurança privada, que está em análise no Ministério da Justiça.
Precisamos de uma nova legislação que tenha mais equipamentos de prevenção e medidas eficazes para garantir a proteção da vida, eliminar riscos e propiciar segurança para trabalhadores e clientes”, salienta o presidente da CNTV, José Boaventura Santos.
São Paulo registra quase a metade das ocorrências (14), o que representa 46,67% das mortes. O
Rio de Janeiro aparece em segundo lugar com 5 casos (16,67%).
O levantamento aponta que os crimes de “saidinha de banco” seguem liderando as ocorrências,
tendo causado 18 mortes, o que representa 60% dos casos. Em segundo lugar aparecem as mortes
em assaltos a correspondentes bancários, com 5 mortes (17%).
Na terceira posição estão os assassinatos em assaltos a agências, com 4 vítimas fatais (13%).
A Contraf-CUT e a CNTV defendem ações preventivas que visem enfrentar a “saidinha de
banco”. Para Carlos Cordeiro, “esse crime tem início dentro dos bancos e, para combatê-lo, é
preciso evitar a ação dos olheiros na hora do saque, através de medidas simples e viáveis como a
instalação de biombos entre a fila de espera e os caixas, e de divisórias individualizadas entre os caixas,
inclusive os eletrônicos”. Ele alerta que “proibir o uso do celular nos bancos é uma medida ineficaz,
pois não impede a visualização das operações”.
Além disso, é fundamental a colocação de portas de segurança com detectores de metais antes do
autoatendimento, câmeras internas e externas de monitoramento em tempo real nos espaços de circulação
de clientes e vidros blindados nas fachadas”, reforça Boaventura.
Outra medida defendida por bancários e vigilantes é a isenção das tarifas de transferência de
recursos (DOC, TED), como forma de reduzir a circulação de dinheiro na praça. “Muitos clientes sacam
valores expressivos para não pagar as altas tarifas dos bancos e viram alvos de assaltantes cada vez mais
atrevidos”, justifica o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional
de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.
O crescimento das mortes em assaltos a correspondentes não surpreende a Contraf-CUT e a CNTV. “Os bancos estão empurrando cada vez os clientes para esses estabelecimentos que não possuem bancários nem vigilantes, precarizando o atendimento, aumentando o risco e causando a morte de pessoas”, ressalta
Boaventura.
assaltos envolvendo bancos, o que representa 70% das ocorrências e um aumento de 40% em comparação
ao mesmo período do ano passado.
Quase todos foram assassinados em “saidinhas de banco”.
“Os bancos não podem tratar a ‘saidinha de banco’ como problema de segurança pública ou terceirizar
a responsabilidade para os clientes”, ressalta Carlos Cordeiro. “Os bancos têm que adotar medidas
concretas para garantir prevenção contra esse crime que está tirando a vida de pessoas porque sacaram
dinheiro em condições inseguras e precárias”, alerta.
Os vigilantes ocupam o segundo lugar com 4 vítimas fatais. Um bancário também foi morto. “Os
bancos e as empresas de vigilância têm que ampliar equipamentos de prevenção e oferecer melhores
condições de trabalho, pois é inaceitável que os trabalhadores continuem morrendo por falta de
investimentos na proteção da vida”, enfatiza Boaventura.
A pesquisa aponta também o gênero das vítimas, mostrando que os homens (28) são os que mais
morrem em assaltos envolvendo bancos, o que representa 93,3% dos casos.
“Geralmente os homens sacam quantias maiores de dinheiro, são também maioria nas atividades
de segurança, estão mais expostos ao risco e reagem mais à ação dos assaltantes”, avalia Boaventura. “Os
bancos e as autoridades de segurança pública têm que tomar providências para evitar essas tragédias”, alerta.
A pesquisa também revela ainda a faixa etária das vítimas, na sua maioria identificada nas notícias da imprensa. Não há uma faixa que chame mais a atenção, na medida em que os números ficaram muito
próximos.
“Esses dados mostram que todas as faixas etárias correm risco de morte em assaltos envolvendo
bancos. Além do mais, o atendimento bancário é uma atividade de risco.
Os bancos têm que assumir a sua responsabilidade para proteger a vida das pessoas e mudar essa
triste realidade”, enfatiza Carlos Cordeiro.
Conforme estudo feito pelo Dieese, com base nos balanços publicados de 2012, os seis maiores bancos lucraram R$ 51,4 bilhões e tiveram despesas com segurança e vigilância de R$ 3,1 bilhões.
Comparando os números, os bancos gastaram 6,1% dos lucros em segurança e vigilância.
“Esses dados dos balanços comprovam mais uma vez o que verificamos há muito tempo: os bancos não priorizam a proteção da vida, pois gastam muito pouco com segurança em comparação com os seus lucros gigantescos”, avalia Boaventura.
“Esperamos que essas mortes alertem os bancos para a necessidade de tratar as despesas de segurança
e vigilância não como custos e sim como investimentos, colocando a vida das pessoas em primeiro lugar,
garantindo atendimento decente para todos os clientes e usuários, o que deve ser prestado em condições
seguras e protegidas”, conclui Carlos Cordeiro.
Além das mortes, os bancos também agem com descaso no cumprimento da lei federal nº 7.102/83. No primeiro semestre de 2013, a Polícia Federal multou 19 bancos em R$ 8,803 milhões por falhas na segurança de agências e postos de atendimento bancário, durante reuniões da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), em Brasília.
As principais infrações foram número insuficiente de vigilantes, alarmes inoperantes, planos de segurança não renovados, transporte de numerário feito por bancários, falta de detector de metais portátil e cerceamento da fiscalização de policiais federais, dentre outras itens. Houve também aplicação de multas e penalidades contra empresas de segurança, vigilância, transporte de valores e cursos de formação de vigilantes.
primeiro semestre de 2013, uma média de cinco vítimas fatais por mês, o que representa aumentos
de 11,1% em relação aos seis primeiros meses de 2012, quando foram registradas 27 mortes, e
de 30,4% em comparação a igual período de 2011, que teve 23 mortes. O levantamento foi feito
pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Confederação
Nacional dos Vigilantes (CNTV), com base em notícias da imprensa e apoio técnico do Dieese.
São Paulo (14), Rio de Janeiro (5), Bahia (3) e Rio Grande do Sul (3) foram os estados com o maior
número de casos. A principal ocorrência (60%) foi novamente o crime de “saidinha de banco”, que
provocou 18 mortes. Já os clientes foram outra vez a maioria das vítimas (21), seguido dos vigilantes
(4). Um gerente do Banco do Brasil foi morto no Piauí.
Para a Contraf-CUT e a CNTV, essas mortes comprovam, sobretudo, a escassez de investimentos dos bancos na melhoria da segurança. Segundo dados do Dieese, os seis maiores bancos (Itaú, BB, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC) obtiveram lucros de R$ 51,4 bilhões em 2012.
Já as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 3,1 bilhões no mesmo período, o que significa
6,1%, em média, na comparação com os lucros.
“São números preocupantes que apontam a negligência dos bancos na proteção da vida de trabalhadores e clientes, bem como mostram a fragilidade da segurança pública, pois faltam mais policiais e viaturas nas
ruas e ações de inteligência para evitar ações criminosas”, avalia o presidente da Contraf-CUT, Carlos
Cordeiro.
Essas mortes reforçam a necessidade de atualizar a lei federal nº 7.102/83, que está completando 30 anos e se encontra defasada diante do crescimento da violência e da criminalidade.
Há um projeto de estatuto de segurança privada, que está em análise no Ministério da Justiça.
Precisamos de uma nova legislação que tenha mais equipamentos de prevenção e medidas eficazes para garantir a proteção da vida, eliminar riscos e propiciar segurança para trabalhadores e clientes”, salienta o presidente da CNTV, José Boaventura Santos.
Mortes por estados
Rio de Janeiro aparece em segundo lugar com 5 casos (16,67%).
Tipos de ocorrências
O levantamento aponta que os crimes de “saidinha de banco” seguem liderando as ocorrências,
tendo causado 18 mortes, o que representa 60% dos casos. Em segundo lugar aparecem as mortes
em assaltos a correspondentes bancários, com 5 mortes (17%).
Na terceira posição estão os assassinatos em assaltos a agências, com 4 vítimas fatais (13%).
A Contraf-CUT e a CNTV defendem ações preventivas que visem enfrentar a “saidinha de
banco”. Para Carlos Cordeiro, “esse crime tem início dentro dos bancos e, para combatê-lo, é
preciso evitar a ação dos olheiros na hora do saque, através de medidas simples e viáveis como a
instalação de biombos entre a fila de espera e os caixas, e de divisórias individualizadas entre os caixas,
inclusive os eletrônicos”. Ele alerta que “proibir o uso do celular nos bancos é uma medida ineficaz,
pois não impede a visualização das operações”.
Além disso, é fundamental a colocação de portas de segurança com detectores de metais antes do
autoatendimento, câmeras internas e externas de monitoramento em tempo real nos espaços de circulação
de clientes e vidros blindados nas fachadas”, reforça Boaventura.
Outra medida defendida por bancários e vigilantes é a isenção das tarifas de transferência de
recursos (DOC, TED), como forma de reduzir a circulação de dinheiro na praça. “Muitos clientes sacam
valores expressivos para não pagar as altas tarifas dos bancos e viram alvos de assaltantes cada vez mais
atrevidos”, justifica o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional
de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.
O crescimento das mortes em assaltos a correspondentes não surpreende a Contraf-CUT e a CNTV. “Os bancos estão empurrando cada vez os clientes para esses estabelecimentos que não possuem bancários nem vigilantes, precarizando o atendimento, aumentando o risco e causando a morte de pessoas”, ressalta
Boaventura.
Perfil das vítimas
A pesquisa revela que 21 clientes foram mortos no 1º semestre deste ano, sendo as principais vítimas em
ao mesmo período do ano passado.
Quase todos foram assassinados em “saidinhas de banco”.
“Os bancos não podem tratar a ‘saidinha de banco’ como problema de segurança pública ou terceirizar
a responsabilidade para os clientes”, ressalta Carlos Cordeiro. “Os bancos têm que adotar medidas
concretas para garantir prevenção contra esse crime que está tirando a vida de pessoas porque sacaram
dinheiro em condições inseguras e precárias”, alerta.
Os vigilantes ocupam o segundo lugar com 4 vítimas fatais. Um bancário também foi morto. “Os
bancos e as empresas de vigilância têm que ampliar equipamentos de prevenção e oferecer melhores
condições de trabalho, pois é inaceitável que os trabalhadores continuem morrendo por falta de
investimentos na proteção da vida”, enfatiza Boaventura.
Gênero das vítimas
morrem em assaltos envolvendo bancos, o que representa 93,3% dos casos.
“Geralmente os homens sacam quantias maiores de dinheiro, são também maioria nas atividades
de segurança, estão mais expostos ao risco e reagem mais à ação dos assaltantes”, avalia Boaventura. “Os
bancos e as autoridades de segurança pública têm que tomar providências para evitar essas tragédias”, alerta.
Faixa etária das vítimas
próximos.
“Esses dados mostram que todas as faixas etárias correm risco de morte em assaltos envolvendo
bancos. Além do mais, o atendimento bancário é uma atividade de risco.
Os bancos têm que assumir a sua responsabilidade para proteger a vida das pessoas e mudar essa
triste realidade”, enfatiza Carlos Cordeiro.
Carência de investimentos dos bancos
Comparando os números, os bancos gastaram 6,1% dos lucros em segurança e vigilância.
“Esses dados dos balanços comprovam mais uma vez o que verificamos há muito tempo: os bancos não priorizam a proteção da vida, pois gastam muito pouco com segurança em comparação com os seus lucros gigantescos”, avalia Boaventura.
“Esperamos que essas mortes alertem os bancos para a necessidade de tratar as despesas de segurança
e vigilância não como custos e sim como investimentos, colocando a vida das pessoas em primeiro lugar,
garantindo atendimento decente para todos os clientes e usuários, o que deve ser prestado em condições
seguras e protegidas”, conclui Carlos Cordeiro.
Bancos multados pela Polícia Federal
As principais infrações foram número insuficiente de vigilantes, alarmes inoperantes, planos de segurança não renovados, transporte de numerário feito por bancários, falta de detector de metais portátil e cerceamento da fiscalização de policiais federais, dentre outras itens. Houve também aplicação de multas e penalidades contra empresas de segurança, vigilância, transporte de valores e cursos de formação de vigilantes.
Fonte: CNTV e Contraf-CUT
Comemoramos mais de 500.000 acessos ao
nosso Blog de empregos, esperamos estar atingindo o nosso objetivo:
Contribuindo para que centenas de companheiros vigilantes possam estar se
colocando ou recolocando no mercado de trabalho, que empresas possam estar
conquistando mais espaço no mercado e que divulgando vagas de e empregos que
clientes possam estar contratando as excelentes empresas divulgadas neste meio
de comunicação, e dizer que, este Blog não é apenas meu, mas sim de todos nós
profissionais do setor de segurança patrimonial e privada.
Muito obrigado!
Alex Vigilante/RJ
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