quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Sindicato suspende greve até o dia 22/2 a pedido do Ministério do Trabalho


O Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais comunica que a greve iniciada no dia 4 está suspensa temporariamente a pedido do Ministério do Trabalho.
Na tarde da última segunda-feira, a diretoria do Sindicato se reuniu com representantes da entidade patronal, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), em Belo Horizonte.
Na reunião, o Sindicato reafirmou as reivindicações da categoria que provocaram a greve, tais como o pagamento do adicional de periculosidade de 30% e reajuste salarial com ganho real, entre outros. Após intenso debate entre as partes, foi agendada uma nova reunião entre o Sindicato e os patrões para o dia
22 deste mês.
Segundo o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais, Romualdo Alves Ribeiro, o Sindicato não está desistindo da greve. “Em respeito ao Ministério do Trabalho, decidimos dar uma trégua para que a proposta da SRTE seja analisada, tanto pelo Sindicato quanto pelos patrões. Não havendo concordância até a próxima reunião, principalmente por parte dos patrões, a greve poderá  ser retomada a qualquer
momento”, afirmou.
Mesmo com a suspensão da greve, o Sindicato orienta aos trabalhadores para que se mantenham mobilizados. “Com a greve, os vigilantes demonstraram aos patrões sua insatisfação e que não estão
para brincadeira. Essa pressão da categoria fez com que o sindicato patronal sentasse à mesa para ouvir a proposta formulada pela SRTE e aceitasse levá-la para ser apreciada em assembleia pelos patrões”, ressaltou Romualdo.
A greve de segunda-feira foi um sucesso. Em todo o Estado, dezenas de agências bancárias permaneceram fechadas durante todo o dia por falta de vigilantes. Além de Belo Horizonte, o movimento se espalhou por cidades de todas as regiões de Minas, como Sete Lagoas, Juiz de Fora, Ipatinga, Pouso Alegre e Carmo do Rio Claro. Na capital, os vigilantes promoveram manifestações em 15 bancos da área central. Em todas
as agências visitadas, houve adesão de vigilantes à  paralisação.

Proposta da SRTE

Após três horas de negociação, a SRTE apresentou a seguinte proposta para fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2013: correção salarial de 6,20%, retroativa a 1º de janeiro de 2013, com pagamento do salário de março de 2013, devidamente reajustado, e das diferenças decorrentes da aplicação retroativa do índice aos meses de janeiro e fevereiro de 2013, em duas parcelas iguais, juntamente com os salários de abril e maio, respectivamente, até o 5º dia útil dos meses de maio e junho de 2013; ou de uma única vez, juntamente com os salários de abril, até o 5º dia útil
de maio de 2013.
A SRTE também propôs o reajuste do tíquete refeição, cesta básica e plano de saúde em 6,20%; pagamento do adicional de periculosidade de 30% em substituição ao adicional do risco de vida, retroativamente a 1º de fevereiro de 2013, com pagamento do salário já acrescido do adicional de periculosidade a partir de março de 2013, até o 5º dia útil de abril de 2013, e quitação do adicional de
periculosidade do mês de fevereiro de 2013, em três parcelas iguais, juntamente com os salários de abril, maio e junho, respectivamente, até o 5º dia útil dos meses de maio, junho e julho de 2013.
Além disso, a SRTE propôs a renovação das demais cláusulas e condições da CCT de 2012, com exceção da que trata do adicional do risco de vida a partir de 1º fevereiro de 2013, em conformidade com a proposta citada.
Por fim, o Ministério do Trabalho acrescentou que os trabalhadores que participaram do movimento nos dias 1º e 4 de fevereiro não sofrerão desconto salarial decorrente da ausência ao trabalho e terão garantia de emprego ou salário por 90 dias, ressalvadas as situações de pedido de demissão, dispensa por justa causa, término normal do contrato de experiência e rescisão do contrato de prestação de serviços.

Paralisações nos Estados

No dia 1º de fevereiro, vigilantes de todo o Brasil participaram das manifestações realizadas nos Estados pelo pagamento imediato do adicional de periculosidade de 30%. O resultado das manifestações foi positivo. Em alguns Estados, os patrões assumiram o compromisso de atender à reivindicação dos trabalhadores até  o próximo mês de março. Caso a patronal não cumpra com o compromisso, o movimento será retomado, com greve por tempo indeterminado.
Fonte: Sindicato dos Vigilantes de Mina Gerais
Por Eliezer Dias.

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