Presidenta Dilma Rousseff discursa na III Cúpula ASPA.
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff pediu hoje (2), em Lima, no
Peru, na III Cúpula América do Sul – Países Árabes (ASPA), que as nações árabes
e sul-americanas reforcem a coordenação econômica para combater o protecionismo
disfarçado dos países ricos. Segundo a presidenta, os países desenvolvidos, ao
desvalorizar suas moedas, tornam-se artificialmente mais competitivos e têm
acesso facilitado aos mercados dos países em desenvolvimento.
“As nações sul-americanas e as nações árabes precisam
assegurar que as turbulências da economia internacional não criem obstáculos
adicionais ao nosso desenvolvimento (…) O acesso à nossos mercados, é pois,
extremamente facilitado por essas políticas de desvalorização das moedas. E um
protecionismo disfarçado se impõe ao se reduzir as exportações dos nossos
países em desenvolvimento. Por isso, precisamos, sem sombra de dúvidas,
reforçar a nossa coordenação econômica e desenvolver a nossa cooperação em
bases cada vez mais equânimes e solidárias”, disse.
No discurso, Dilma também tratou das transformações
políticas no mundo árabe e disse que o governo brasileiro deseja contribuir
para a reconstrução e desenvolvimento econômico e social dos países que
passaram por conflitos nos últimos meses. A presidenta voltou a condenar a violência
na Síria e a pedir o reconhecimento do estado Palestino.
“Importantes manifestações populares exprimem anseios
universais por participação política, desenvolvimento econômico e justiça
social em diversos países. Nós, na América do Sul, vivemos, em um passado
recente, processos semelhantes de luta pela democracia política e pela inclusão
social. Algumas das situações no mundo árabe nos causam muita preocupação. A
violência generalizada na Síria, por exemplo, é fonte de profunda tristeza para
o Brasil, que abriga milhões de descendentes árabes”, disse.
Fonte: http://blog.planalto.gov.br/
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