O coordenador-geral do Sindsegur, Francisco Benedito (Bené), fez uma avaliação das negociações salariais e explicou porque o Sindsegur e a Confederação Nacional dos Vigilantes não assinaram a convenção 2012. “Primeiro, o acordo feito com o Sindesp (Sindicato das Empresas de Segurança Privada), e que foi aprovado pela assembleia da categoria, o patrão quebrou, inclusive querendo congelar o salário por dois anos. Isso é uma falta de respeito com a categoria”. Segundo Bené, “os patrões já estavam acostumados a fazer isso antes, agora estão diante de um sindicato diferente, que tem uma diretoria comprometida com os interesses dos trabalhadores vigilantes, e a gente não aceita nada que não seja aprovado pela categoria. Os
empresários também queriam acrescentar mais um ano para o vigilante desarmado, mas também não aceitamos”.
A assembleia ainda contou com a presença do ex-presidente do Sindvigilantes, Iran Marcolino, do advogado Manoel Batista, além dos representantes da Confederação Nacional dos Vigilantes, José Maria de Oliveira e Chico Vigilante, que também é deputado Distrital por Brasília.
“O Sindicato somos nós os trabalhadores, portanto, quando o vigilante diz que aquele sindicato não faz nada, ele está dizendo eu sou um incapaz, eu não faço nada; quando ele diz que aquele sindicato não luta, está dizendo eu não luto”, falou Chico Vigilante. Ele criticou aqueles que na hora da mobilização e da luta não participam, ficam puxando o saco do patrão e dedurando quem está lutando. “Aí depois de todo o esforço que você teve, você conquistou o reajuste, aí vem o bexiga que não foi à luta e diz: só essa merreca? Mas ele não veio ajudar para que não fosse uma merreca”, completou Chico Vigilante.
José Maria de Oliveira lembra que o tamanho da conquista é proporcional ao tamanho da participação da categoria.” Infelizmente, os ausentes da luta acabam interferindo na negociação e na proposta patronal, e são os primeiros depois a cobrar um reajuste maior e criticar a direção do Sindicato. Quem não luta, não merece reajuste algum”,completa.
Ao final da assembleia a categoria rejeitou a proposta dos empresários e aprovou a decisão de não assinar
a convenção da forma como foi proposta pelos empresários. “Hoje a categoria deu a resposta dizendo não a essa falta de respeito dos empresários com a categoria.
Os empresários que se preparem, por que a partir de novembro as negociações vão ter que acontecer. Os vigilantes não têm convenção atualmente porque nós não assinamos documento nenhum que prejudique a nossa categoria. Os vigilantes já foram enganados por muitos e muitos anos, acabou a época do engodo, da enganação, fomos eleitos para defender a categoria e não para trair”, desabafou Bené.
Fonte: Coletivo Foque e CNTV| Fotos: Rogério Marques
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