quinta-feira, 7 de setembro de 2017

CNTV participa de lançamento do “Movimento Resistência”

Confederações que compõem o Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) unem forças para resistir às reformas de Temer

Resistir às reformas maldosas de um governo golpista tem sido o desafio do movimento sindical. Com esse objetivo, a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e outras 21 confederações que compõem o Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) participou na manhã desta terça-feira (5), em Brasília, do lançamento do Movimento Resistência – Por um Brasil Melhor. O presidente da CNTV, José Boaventura, representou a entidade durante o evento. Também participou o presidente da Federação dos Vigilantes do DF, RJ e GO (Fevig), Moisés Alves da Consolação. O presidente do FST, Arthur Bueno, conduziu a cerimônia e destacou a necessidade do trabalho de conscientização de toda a sociedade. “Só assim teremos políticas que surgem da necessidade do povo brasileiro, e não dos patrões. Com a composição do Congresso do jeito que está, com esse presidente que não reconhecemos, não temos como ter mudança social”, avaliou. “Não temos outro caminho! Não nos foi dada alternativa que fosse diferente dessa ação articulada, de âmbito nacional, na defesa da classe trabalhadora. Fizemos denúncia na Organização Internacional do Trabalho (OIT) e estamos confiantes quanto ao apoio das organizações internacionais e eclesiásticas às causas defendidas pelo movimento. Atuaremos de maneira coordenada em todas as regiões do país, em várias frentes de resistência, de modo a assegurar o início de um levante nacional pela soberania e pelo desenvolvimento do nosso país”, completou.

Vigilantes unidos contra a retirada de direitos

 O presidente da CNTV, José Boaventura, falou sobre como tem sido a luta da categoria contra as maldades do governo Temer e a necessidade de união da classe trabalhadora. “Na nossa categoria, temos colocado para os trabalhadores de forma muito clara e até dura demais o que significa a reforma para o seu bolso e para a sua vida. Na Bahia, por exemplo, isso quer dizer R$ 2.700 a menos no bolso por ano e o trabalhador toma um susto quando tem essa matemática traduzida. Isso é apenas o reflexo do não recebimento dos feriados, de parte do adicional noturno, entre outras maldades”, afirmou. Boaventura alertou ainda sobre a cláusula que autoriza a demissão por justa causa de vigilantes que não forem aprovados no curso de reciclagem obrigatória. “É preciso resistir! Nós, vigilantes, já somos terceirizados e com a reforma passamos a ser quarteirizados, quinterizados e todas as outras formas precárias de relações do trabalho, mas nós estamos trabalhando em todos os locais, inseridos em todas as categorias. Da nossa parte, queremos estar presentes. Os sindicatos precisam caminhar lado a lado. Já estamos juntos no local de trabalho e precisamos estar juntos também no enfrentamento”, concluiu. Durante o evento também foi iniciada a coleta de assinaturas para a viabilidade do Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela revogação da Reforma Trabalhista.


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