Confederações que compõem o
Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) unem forças para resistir às reformas de
Temer
Resistir às
reformas maldosas de um governo golpista tem sido o desafio do movimento
sindical. Com esse objetivo, a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e
outras 21 confederações que compõem o Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST)
participou na manhã desta terça-feira (5), em Brasília, do lançamento do
Movimento Resistência – Por um Brasil Melhor. O presidente da CNTV, José
Boaventura, representou a entidade durante o evento. Também participou o
presidente da Federação dos Vigilantes do DF, RJ e GO (Fevig), Moisés Alves da
Consolação. O presidente do FST, Arthur Bueno, conduziu a cerimônia e destacou
a necessidade do trabalho de conscientização de toda a sociedade. “Só assim
teremos políticas que surgem da necessidade do povo brasileiro, e não dos
patrões. Com a composição do Congresso do jeito que está, com esse presidente
que não reconhecemos, não temos como ter mudança social”, avaliou. “Não temos
outro caminho! Não nos foi dada alternativa que fosse diferente dessa ação
articulada, de âmbito nacional, na defesa da classe trabalhadora. Fizemos
denúncia na Organização Internacional do Trabalho (OIT) e estamos confiantes
quanto ao apoio das organizações internacionais e eclesiásticas às causas
defendidas pelo movimento. Atuaremos de maneira coordenada em todas as regiões
do país, em várias frentes de resistência, de modo a assegurar o início de um
levante nacional pela soberania e pelo desenvolvimento do nosso país”,
completou.
Vigilantes unidos contra a
retirada de direitos
O presidente da CNTV, José Boaventura, falou
sobre como tem sido a luta da categoria contra as maldades do governo Temer e a
necessidade de união da classe trabalhadora. “Na nossa categoria, temos
colocado para os trabalhadores de forma muito clara e até dura demais o que
significa a reforma para o seu bolso e para a sua vida. Na Bahia, por exemplo, isso
quer dizer R$ 2.700 a menos no bolso por ano e o trabalhador toma um susto
quando tem essa matemática traduzida. Isso é apenas o reflexo do não
recebimento dos feriados, de parte do adicional noturno, entre outras
maldades”, afirmou. Boaventura alertou ainda sobre a cláusula que autoriza a
demissão por justa causa de vigilantes que não forem aprovados no curso de
reciclagem obrigatória. “É preciso resistir! Nós, vigilantes, já somos
terceirizados e com a reforma passamos a ser quarteirizados, quinterizados e
todas as outras formas precárias de relações do trabalho, mas nós estamos
trabalhando em todos os locais, inseridos em todas as categorias. Da nossa
parte, queremos estar presentes. Os sindicatos precisam caminhar lado a lado.
Já estamos juntos no local de trabalho e precisamos estar juntos também no
enfrentamento”, concluiu. Durante o evento também foi iniciada a coleta de
assinaturas para a viabilidade do Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela
revogação da Reforma Trabalhista.
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