Em um longo e enriquecedor diálogo com o amigo e companheiro
Paulo Roberto Nascimento, diretor do Sindvig RJ, Sub sede Campo Grande, o mesmo
me fez refletir quanto a necessidade de uma Reforma na Legislação que
regulamenta o Serviço de Vigilância e Segurança Patrimonial e Privada. Projetos
de Lei que tramitam em Brasília também contribuem para que nos preocupemos com
a necessidade desta Reforma. Porem deixo claro que os
pontos abordados por mim, são pontos que eu concluí com base nesta breve
conversa e conhecimentos de fatos acontecidos na atualidade,
desresponsabilizando o grande amigo citado nesta carta, assim eu assumo a total
responsabilidade dos relatos nesta matéria.
Vejam abaixo:
ü
Hoje para prestar Serviço Militar, ou até mesmo
para ingresso na Polícia Militar, funções estas que expõem muito mais a vida
destes agentes ao risco, exige-se apenas que o mesmo seja maior que 18 anos. Por
que, que para desempenharmos a função de vigilantes temos que ser maiores que
21 anos? Nosso Brasil recruta jovens com apenas 21 anos? Nosso Brasil recruta
jovens com apenas 18 anos, que em caso de guerra serão postos em campos de
batalha, como aconteceu na Segunda Guerra Mundial e em outras guerras do
passado, ou do presente como podemos ver nas operações mais recentes, como em forças
de paz, e até mesmo na ocupação das favelas como Morro da Providência e
Complexo do Alemão. Mas, quando o mesmo sai da Caserna deve esperar até
completar 21 anos, para fazer um curso que o habilite a trabalhar na função de
Vigilante. Esta legislação deve-se ser revista para que o jovem acima de 18
anos tenha a oportunidade de ingressar no Setor de segurança Patrimonial e Privada,
oportunizando assim ao jovem a adquirir seu primeiro emprego.
ü
Outro ponto a ser revisto, é a exigência de
apenas a 4ª série para o ingresso ao nosso setor, desvalorizando assim nossa
profissão. Muitos podem até mesmo alegar que esta norma beneficia cidadãos
menos instruídos. Mas lembro de que quem emprega o vigilante não é o curso de
formação, o Governo, ou a polícia Federal, mas sim as empresas Privadas que
buscam satisfazer as exigências de seus clientes, até mesmo para se prestar
concurso para serviço público dentro desta área é exigido o Ensino Médio
Completo. Exigências estas como, ensino básico ou médio completo, conhecimento
em informática, e em alguns casos CNH e outros idiomas.
ü Foi
criado um Projeto de Lei pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), hoje ministro da
Pesca, em quê, cria-se um piso nacional para o Vigilante. Isto é
um grande avanço, que beneficia vigilantes de Estados como Sergipe onde
vigilante arriscam suas vidas por apenas R$756,70, porém haverá um retrocesso
diante do passado de lutas e glórias de Sindicatos como Brasília e Paraná, que
hoje estão com os maiores pisos da categoria a Nível Nacional, chegando a
R$1587,30 no Distrito Federal. Como vemos se não fossem os valores escalonados
estabelecidos em, R$
800; para o grau médio, R$ 950; e para o grau máximo, R$ 1,1 mil, sugerido em
relatório anterior do senador Paulo Bauer (PSDB-SC) o projeto seria perfeito.
ü
É um grande absurdo que em pleno século XXI
tenhamos que fazer uso do obsoleto revólver cal.38 para nossa
defesa. “E o mais absurdo foi o Projeto de Lei criado pela Deputada Solange
Amaral em que retira-se o porte de arma do vigilante”. Quantas e quantas vezes
vigilantes foram recebidos a tiros quando em rondas em seus postos de trabalho.
Esta norma arcaica deve de ser revista, pois quando nos deparamos com uma
situação de sinistro, nossos oponentes estão armados com armas muito superiores
as que portamos, nos deixando assim mais vulneráveis.
ü O Estatuto
Nacional de Segurança Privada até hoje não se tornou uma realidade. Lembro-lhes
que, para que o mesmo passe a valer, dependemos da boa vontade dos Deputados
que compõe a Comissão Especial de Segurança Privada, Comissão esta que não
sabemos se ainda existe ou se dissolve-se. Precisamos deste Estatuto, até mesmo
para que nele seja incluído a PL que nos dará os 30% de Risco de Vida.
Coincidentemente a PL 4436 da Serys
Slessarenko, PL esta que nos daria este benefício retroativo foi esquecido e
ignorado pela Comissão, que pretende incluir no Estatuto outra PL que não anula
acordos coletivos anteriores. Acordos como o estabelecido no Estado do rio de
Janeiro, que após esforçada negociação, consegui o parcelamento do Benefício
até 2015 como uma forma de garantir o nosso Risco de Vida aqui no Rio de
janeiro, uma estratégia bem elaborada para que pudéssemos ter acesso a este benefício. Neste caso este acordo não seria anulado. podestades
ü Em uma atitude dissimulada, e sob o argumento de
estarem preocupados com a extinção de vagas em nosso Setor, deputados da Frente
Parlamentar do Depois de uma manobra articulada entre o PR articuladamente e
descaradamente impediram a votação a votação da PL PL 1033 prejudicando
assim miliares de trabalhadores vigilantes em todo o Brasil.
ü
O retorno da Aposentadoria Especial para o
trabalhador vigilante seria um justo benefício, haja vista o tempo em quê o
vigilante fica exposto ao fator e a pressão psicológica. Lembro que após
tornar-se exigido o uso do colete balístico, a o Estado passa a reconhecer a
exposição do vigilante ao Risco.
A minha
conversa com o companheiro Paulo Roberto Nascimento me levou a rascunhar esta
matéria em quatro páginas universitárias, quantidade esta insuficiente para
relatar todas as mudanças a serem feitas, e necessidades que temos em prol do
bem estar de nossa categoria, mas resultariam em um grande avanço para o setor
de segurança Patrimonial e Privada e em especial para o profissional vigilante.
Como hoje
somos regulamentados por Lei Federal, precisamos de Deputados e Senadores que
nos representem junto ao governo federal. Em contra partida parece-me que o que
temos é uma parte da Bancada Parlamentar que ao invés de lutarem ao nosso favor,
criam leis e articulam meios que causam um retrocesso diante do que já
conquistamos, impedindo que sejam aprovadas Leis criadas por uma boa parte de
Parlamentares que nos respeitam como trabalhadores e lutam ao nosso favor.
Ficamos hoje
esperançosos que, nossos sonhos se transformarão em realidade. E assim nós
vigilantes poderemos dar mais conforto conforme nossas famílias merecem.
Precisamos
urgentemente de uma Reforma na Lei de Seguranças Patrimonial e Privada que
garanta uma prestação de Serviço de Qualidade, Melhores Condições de Trabalho e
que garantam um salário e benefícios a todos os vigilantes que a cada dia se
arriscam em favor da sociedade brasileira, e garantindo o sustento de seus
filhos.
Alex Vigilante
Rio de janeiro/RJ
Não sou vigilante, mas entendo a situação discriminatória por que passa os membros dessa categoria.
ResponderExcluirO vigilante sempre fica exposto a risco de morte, usando apenas revolver 38, com munição velha, enquanto que a bandidagem se apresenta com pistolas de 15 tiros, escopetas, fuzis, metralhadoras e tudo mais que o valha. O vigilante precisaria de, pelo menos,portar uma pistola 380 ou uma escopeta cal 12, já que trata-se de um profissional muito bem treinado para o exercício da profissão, com reciclagem periódica para se manter atualizado. É o que tenho a dizer. Abraços a esses homens e mulheres de espírito de guerra !!!!