Presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante 39ª Reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (30), na abertura da 39ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que o Brasil só será um país justo quando for capaz de ser um país competitivo. Segundo ela, melhorar a competitividade do país significa garantir mais emprego e aumento da renda para os brasileiros.
“Elevar a competitividade é condição para que a gente garanta, de forma sustentável, os níveis de emprego, de renda, a prestação de serviços sociais de qualidade a todos os brasileiros e brasileiras. Nem sempre a competitividade significa isso, mas é impossível ter isso sem competitividade. Nós não seremos um país justo se não formos capazes de ser um país competitivo”, afirmou.
A presidenta disse que todas as medidas tomadas pelo governo para aumentar o nível de investimento e reduzir o custo do país têm um sentido de longo prazo. Segundo ela, é necessário reduzir custos e ter maior eficiência e produtividade para enfrentar as décadas que virão. Dilma afirmou ainda que a redução dos juros faz parte deste esforço de tornar o país mais competitivo.
“Graças a esse compromisso da sociedade brasileira com a solidez fiscal nós criamos esse ambiente para que a taxa de juro caísse. Ela não caiu por produto de nenhum voluntarismo. Ela é produto de um longo caminho, de uma longa trajetória (…) Isso implica uma inflação controlada, isso implica numa redução da dívida líquida sobre o PIB e nós temos conseguido isso. Não há como tergiversar a esse respeito (…) e por isso criamos um espaço que tornou possível a redução dos juros”, disse.
Durante o discurso, a presidenta Dilma também disse que deverá anunciar na próxima semana uma série de medidas que irão garantir a redução da tarifa de energia elétrica.
“Nós iremos também fazer um conjunto de medidas para garantir a redução dos custos de energia elétrica baseado em duas coisas, baseado na reversão das concessões (…) e também através de redução dos encargos, também ainda está no finalzinho isso, está no finalzinho. Nós pretendemos fazer o lançamento na semana que vem”.
Ao fazer uma apresentação sobre a conjuntura da economia brasileira, Mantega afirmou que o atual estágio da crise internacional é mais grave do que em 2008 e 2009. Segundo ele, por não depender tanto dos mercados externos, o Brasil é um dos países menos afetados pela crise.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje (30), durante a 39ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto, que o Brasil chegará ao final do ano com um crescimento anualizado de 4%. Segundo ele, a melhora no desempenho da economia se deve a uma série de medidas estruturais e conjunturais tomadas pelo governo.
Mantega também criticou a taxa de juros praticada pelos bancos. Segundo ele, as taxas não são as mais adequadas para estimular o consumo e o investimento. Para o ministro, o país ainda tem espaço para reduzir os spreads – diferença entre o que os bancos pagam para captar recursos e o valor que cobram dos clientes – e assim gerar novos efeitos positivos na economia.
“A economia começa a se aquecer, há um crescimento gradual (…) As projeções de mercado apontam avanço de 0,5% ou 0,6% no segundo trimestre, que anualizado chega a 2%, e de 1,1% no terceiro semestre. Chegaremos ao final do ano com crescimento anualizado em torno de 4%”, disse Mantega.
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