quinta-feira, 23 de agosto de 2012

3ª Pesquisa Nacionalde Ataques a Bancos

Trabalhadores querem prioridade para segurança


Os números da 3ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancosrevelam que a criminalidade aumenta a cada ano. Os dados levantados neste 1º Semestre já superam as ocorrências registradas durante todo o ano de 2012. Na contramão do aumento da criminalidade, os bancos investem cada vez menos em segurança bancária, enquanto aumentam seus lucros a cada ano.
“Esses ataques refletem, sobretudo, a carência de investimentos dos bancos para prevenir assaltos e sequestros”, aponta João Soares, diretor da CNTV e presidente da FETRAVISPP e do SINDVIGILANTES/PR. "Os bancos precisam fazer a sua parte, colocando mais equipamentos de prevenção nas suas unidades, assim como os estados precisam melhorar a segurança pública, com mais policiais e viaturas nas ruas e ações de inteligência, dentre outras medidas", salienta Otávio Dias. Presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba “Os bancos cuidam mais da imagem, do marketing e da estética das
unidades, enquanto tratam com descaso a segurança dos estabelecimentos”, critica Elias Jordão, presidente
da Fetec-CUT/PR. Isso pode ser comprovado com as multas aplicadas pela Polícia Federal nas reuniões da
Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP) da Polícia Federal (PF).
Em 2011, os bancos foram multados em mais de R$ 6 milhões por descumprimento da lei federal 7.102/83
e de normas de segurança. As principais infrações dos bancos foram a ausência de plano de segurança aprovado pela PF, número insuficiente de vigilantes e alarme inoperante, dentre outros itens.
Para José Boaventura, presidente da CNTV, “a criminalidade no Brasil cresce a índices alarmantes e, além
de mais investimento na segurançabancária, por parte dos banqueiros, é fundamental que se discutam novas políticas públicas na área de segurança pública e também investimentos em outros setores como saúde, educação, lazer e cultura, envolvendo a sociedade civil organizada, para quebrarmos esse estigma da violência que assola o país”. “A violência precisa ser enfrentada com justiça social, igualdade de direitos, mais emprego e melhores salários, mas enquanto estamos construindo essa sociedade é essencial que os banqueiros assumam a sua responsabilidade e promovam as ações necessárias para melhorar a segurança bancária para garantir a vida dos vigilantes, bancários e clientes”, afirma Boaventura.
Fonte: CNTV "Confederação Nacional dos Vigilantes" e CONTRAF/CUT

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