TERMINA A GREVE DOS VIGILANTES. REAJUSTE SERÁ DE 7%
Mesmo inferior ao que reivindicava, categoria aceita proposta do TRT; sindicato patronal aprova aumento.
Colaboração de Tamiris Rodrigues
Terminou a greve dos vigilantes que foi deflagrada no último dia 12 de março. Em assembléia realizada no início da noite de ontem, os vigilantes do Rio de Janeiro decidiram aceitar a proposta do TRT/RJ de 7% de reajuste sobre o salário e tíquete refeição, representando um aumento real de 1,32% acima da inflação, além da manutenção do escalonamento do risco de vida até 2015.
Com a decisão, o piso subiu de R$ 864 para R$ 924,48 e o tíquete refeição passou para R$ 9,46. Com os 6% do adicional de periculosidade, o salário base do vigilante passou para R$ 1.053 em todo estado. O sindicato patronal também realizou assembléia e concordou com a sugestão da desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Maria de Lourdes Sallabery, feita na última terçafeira durante audiência no TRT entre patrões e os 15 sindicatos da categoria. Como a negociação foi conduzida pela conciliação do TRT, que deu prazo de uma semana para vigilantes e patrões se entenderem, o acordo será ratificado amanhã em outra audiência no Tribunal.
O sindicato patronal já se comprometeu em não descontar os dias parados, não punir e nem demitir os trabalhadores que aderiram à greve que durou 10 dias, fechando mais de 600 agências bancárias de Norte a Sul do estado.
Assembléia sem efeito
O Sindicato dos Vigilantes havia decidido ontem de manhã, em assembléia geral da categoria na Candelária, manter a greve até o próximo dia27, quando uma nova rodada de negociação seria realizada com o TRT e o sindicato patronal.
O vice-presidente do Sindicato dos Vigilantes, Antônio Carlos Silva, chegou a dizer, ontem, antes da assembleia, que a categoria manteria a greve. Os sindicalistas pareciam irredutíveis, principalmente em relação às declarações de um dos líderes da categoria. "A decisão em assembléia foi manter a greve por tem indeterminado até o dia 27 quando haverá outra audiência, tendo em vista que o sindicato dos empresários mantiveram a proposta de dar 2,32% de ganho real e retirar 4% do risco de vida. Então, em vez de nós termos 6% conforme estava acertado desde 2010, nós teremos apenas 2% de risco de vida. Eles diminuíram, retiraram 4% do risco de vida para nos dar apenas 2,32% de ganho real", explicou o vice-presidente do Sindvig, Antonio Carlos Silva.
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