domingo, 28 de agosto de 2011

Ex-vigilante é exemplo:

ONG usa luta marcial para tirar jovem da rua Projeto Caratê Cultural e Educacional ensina modalidade na Associação dos Moradores de Santa Tereza; meta é promover o caráter dos alunos:



Incomodado com a ociosidade dos adolescentes e as ameaças que estas situações trazem,
como drogas e violência, o ex-segurança particular e vigilante Sebastião Pereira Neto decidiu unir o útil ao agradável, juntando as preocupações com sua paixão
pelo caratê.
Desta união, surgiu a academia que abriu há oito anos. Porém,ele ainda não se sentia realizado como pessoa, já que não eram todos que podiam pagar a taxa mensal do treinamento e, a partir daí, nasceu a ideia de um projeto de caratê para jovens para oferecer uma atividade com a qual os participantes se dedicassem e adquirissem a noção de responsabilidade.
Depois de muitas dificuldades e a superação de grandes obstáculos que abalaram até mesmo sua vida pessoal, Pereira voltou à ativa com o Projeto Caratê Cultural e Educacional, atualmente baseado no espaço da Associação dos Moradores de Santa Tereza.
Com o passar do tempo, pessoas de outras idades começaram a procurar o treinador para
praticarem a arte marcial. "Treino em torno de 45 crianças, a partir dos cinco anos de idade. A criança mais velha tem 60", diverte-se Pereira.
Entre os valores ensinados aos alunos estão a não-violência e o bom comportamento. Todos são orientados a respeitar o próximo e incentivados a se dedicarem aos estudos escolares. "A cada 15 dias olho os cadernos de um por um e uma vez por mês me reúno
com os responsáveis, para saber como eles andam se comportando.
Se houver qualquer problema, suspendo os treinos daquele aluno até ele se recuperar", conta Pereira.
As categorias que treinam pelo projeto são a infanto-juvenil, juvenil e absoluto (para adultos), tanto masculino quanto feminino.
Os treinos acontecem às segundas, quartas e sextas à noite, com turmas das 18h30 às 19h30 e das 19h30 às 21 horas.
O projeto ainda não possui estrutura completa para atender os alunos, mas conta com o auxílio dos familiares para manter as atividades. "Ainda precisamos de material esportivo, como luvas, protetores bucais, caneleiras e material de construção, para reformar a associação onde treinamos", esclarece Pereira.
Mesmo com todas estas dificuldades,o Projeto Caratê Cultural e Educacional já apresenta vitórias. No último campeonato que participaram, foram conquistadas
medalhas nas categorias infanto-juvenil feminino, juvenil e
infanto-juvenil masculinos.

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