Vigilantes cruzam os braços no Rio
Categoria inicia greve por tempo indeterminado. Bancos,sem segurança, podem até fechar nos próximos dias
Colaboração de Tamiris Rodrigues
Iniciou ontem por tempo indeterminado a greve dos vigilantes bancários do Estado do Rio de Janeiro. E os principais motivos da paralisação são o reajuste salarial de 10% e melhoria nas condições de trabalho, segundo o vice-presidente do Sindicato dos Vigilantes e Empregados em Empresas de Segurança (Sindvig), Antonio Carlos Silva de Oliveira. "A greve começou hoje (ontem) em todo o Estado do Rio de Janeiro por tempo indeterminado, essa foi a decisão das várias assembléias que ocorreram no dia primeiro de março no Rio de janeiro", explicou o sindicalista.
Entre as principais reivindicações da greve estão: reajuste salarial da inflação mais 10% de ganho real, o reajuste do ticket de refeição de R$8,85 para R$ 16,50, os 30% do risco de vida, que hoje é de apenas 8% e assistência médica para os vigilantes e os dependentes.
De acordo com Antonio Carlos, durante todo o dia de ontem, houve várias concentrações de vigilantes se manifestando no Estado. "As concentrações hoje (ontem) estão acontecendo em vários pontos da cidade, algumas delas estão ocorrendo de Santa Cruz até o Centro da Cidade." Mesmo com a paralisação dos vigilantes, algumas agências abriram, no entanto o vice-presidente do Sindicato ressalta que algumas medidas já estão sendo tomadas com relação a isso. "Em algumas agências os gerentes insistem em abrir com apenas um vigilante, com um efetivo menor, porém nós já estamos notificando o departamento jurídico.
O sindicato foi à Polícia Federal notificar as autoridades a respeito dessas agências que insistem abrir com um vigilante só. Também notificamos o sindicato patronal e o sindicato dos bancos para evitar esse tipo de procedimento, porque um vigilante é para garantir a compensação bancária, não é para garantir a abertura das agências. São dois aspectos diferentes pois, legislação atual coloca como atividade essencial a compensação bancária e não o atendimento bancário", afirmou ele.
Ainda de acordo com Antonio Carlos, o sindicato patronal vem tendo uma postura intransigente. "Infelizmente o sindicato patronal não tem sentado para conversar, faltou nas duas últimas mesas redondas marcadas no Ministério do Trabalho, o próprio órgão chamou as duas parte para tentar um acordo, e eles não compareceram. Eles estão tendo uma postura muito ruim na negociação até este momento, uma postura intransigente.
Então, esperamos que, com o início da greve, eles venham a nos convocar para voltar a negociar, porque dessa vez estão juntos os 15 sindicatos do Estado, aguardando o sindicato patronal convocar para uma nova negociação." O vice-presidente do Sindicato dos Vigilantes acrescentou também que ontem cerca de 50% do efetivo já tinha aderido à greve. "O efetivo total no Estado gira em torno de 50 mil, então hoje(ontem) devemos ter em torno de 50% do efetivo paralisado, e a expectativa é que com o decorrer dos dias a demanda aumente ainda mais", finalizou.
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